Na ampla sala de jantar das tias velhas
O relógio tiquetaqueava o tempo mais devagar.
Ah o horror da felicidade que se não conheceu
Por se ter conhecido sem se conhecer,
O horror do que foi porque o que está aqui.
Chá com torradas na província de outrora
Em quantas cidades me tens sido memória e choro!
Eternamente criança,
Eternamente abandonado,
Desde que o chá e as torradas me faltaram no coração.
Aquece, meu coração!
Aquece ao passado,
Que o presente é só uma rua onde passa quem me esqueceu...
~ Álvaro de Campos
In the large dining room of the old aunts
The clock tick tacked the time slower.
Oh the horror of happiness that we never knew
Because we knew without knowing,
The horror of what it was because of what is here.
Tea and toast in the province of another time
In how many cities have you been cry and memory!
Eternally childlike,
Eternally abandoned,
Since the tea and toast have lacked in my heart.
Warm, my
heart!
Heat the
past,
That the
present is only a street where who passes has forgotten me…
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